terça-feira, 14 de abril de 2009

Minha breve carreira de crítico cinematográfico

Aproveitando o período de convalescença da maldita cirurgia na região lordobundal, já que me encontro, literalmente, de bunda para o ar, pus em dia a minha agenda cinematográfica. Depois de percorrer as prateleiras de Cult movies, resolvi me render ao velho e bom “blockbuster pipocão” e assisti a alguns títulos que havia perdido no cinema. Iniciei com “Vicky Cristina Barcelona” e “O dia em que a Terra parou”.

Incorporando o meu lado crítico de cinema, farei uma breve digressão sobre o que assisti. Prometo duas coisas: a primeira não entregar as estórias a quem porventura ainda não os tenham visto, e não fazer da crítica cinematográfica uma constante nos meus textos.

Quanto ao filme do Woody Allen, é um bom filme do Woody Allen, haja vista que esse se limita apenas a dirigir a película, não nos dando o desprazer de aturar sua atuação. Além disso, tem a Scarlett Johansson, a Rebecca Hall e a Penélope Cruz, o que tornaria o filme agradável por si só. Pela temática, me surpreendi, pois esperava alguma porcaria à lá Almodóvar. A história se passa em Barcelona (parece que Allen abandonou de vez Nova York), para onde partem duas amigas em férias. Certa feita, ambas são seduzidas por um pintor espanhol interpretado pelo Javier Bardem, numa abordagem de fazer inveja aos clássicos do Buttman. Cristina (que segundo avaliação da minha avó seria a mais assanhada) topa a empreitada enquanto sua amiga Vicky (que está de casamento marcado com um sujeito pra lá de mala) faz o maior doce, no melhor estilo “não sei se devo mais quero”. Para completar o quadrilátero sexual, surge a tresloucada ex/para sempre esposa que tira umas casquinhas do pintor e de sua namorada.

A crítica foi unânime em destacar que a estória gira em torno de diferentes formas de amor e de como esse sentimento pode transformar vidas diferentes, seja sob a perspectiva do amadurecimento de Cristina, seja por pôr em xeque as certezas de Vicky, ou ainda pela relação destrutiva e imperfeita de Maria Elena. Ouso discordar dos críticos: o filme trata exclusivamente de sexo sob a forma mais animal, e não de amor. Nesse sentido, acho que faltou um pouco de sensualidade à narrativa. O filme é bom e vale pela bela fotografia e pela trilha sonora embalada à música flamenca.

Na sequencia vamos de Keanu Reeves e o remake de “O dia em que a Terra parou”. Acho que a tradução do título mais adequada seria “O eco-chato que veio do espaço”...

Alienígena vem para a Terra e inspirado em Noé tem por objetivo recolher espécies do planeta para, depois, aniquilar a vida humana. A justificativa: estamos destruindo o planeta com poluição, efeito estufa, etc (o chamado preço do progresso). Nem se Klatoo fosse do Greanpeace seria mais chato... Abro aqui um parêntese para destacar que talvez o pessoal do Greanpeace seja mais chato do que o ET do filme... Parar a ponte Rio – Niterói para chamar a atenção dos líderes do G-20 (que estavam reunidos em Londres), não tem precedente. Isso é penalizar duas vezes o sujeito que já mora em Niterói... Por que diabos não fizeram um protesto no Big Ben?

Voltando ao filme, duas mulheres cruzam o caminho do ecologista extraterrestre: a secretária de defesa norte americana, que está a fim de pendurar o visitante espacial num pau de arara e aplicar-lhe umas porradas e uma astrobióloga (?) que vai tentar convencê-lo de que somos porquinhos, sujamos o planeta, mas somos, no fundo, gente boa. Prefiro o original da década de 50... Os efeitos ficam aquém do que Hollywood tem mostrado e o ponto positivo fica com a sábia decisão em manter o robô alienígena com a estética do filme original (os protótipos do robô nos extras rendem boas risadas de tão toscos).

Na próxima locação, não vou me arrepender... Já reservei Madagascar 2.

2 comentários:

  1. rsrsrsrs Pensei que vc gostasse do neurótico porém simpático Woody Allen!

    Não vi o outro filme, dizem que o original é bem melhor. Depois de ler sua crítica, reforçou a minha ideia inicial: vou pegar o antigo, qualquer dia destes.

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  2. "O eco-chato que veio do espaço" é pouco! Por outro lado, já que veio, podia em troca mandar esses ativistas que só querem aparecer pra lá: eles poderiam interditar o cinturão de asteróides para reclamar da perda do H3O...

    Agora, o toscão das antigas é show de bola, e o "homem de lata" arrebenta!

    Valeu, parceiro!

    PS: Madagascar 2 é o bicho...

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